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O impacto do sedentarismo na coluna vertebral

Postado: 8 de setembro de 2025

mulher na faixa dos 30 anos com dor na coluna devido ao sedentarismo

O sedentarismo afeta diversos sistemas do nosso corpo, mas seus impactos na coluna vertebral merecem atenção especial. 

A coluna, uma estrutura complexa e fundamental para a nossa sustentação e mobilidade, sofre alterações significativas quando não é estimulada adequadamente. 

Neste artigo, vamos mergulhar na forma como a inatividade crônica influencia a saúde da coluna, os principais riscos associados e quais estratégias podem ajudar a minimizar esses efeitos, proporcionando uma vida mais saudável e com menos dores.

​Sedentarismo: um problema crescente e silencioso

​A vida contemporânea, com o avanço da tecnologia, o trabalho remoto e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, tem nos tornado cada vez mais sedentários. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pessoas em todo o mundo passam longos períodos sentadas, seja em escritórios, em casa ou em seus deslocamentos diários. 

Esse comportamento, que muitas vezes pode parecer inofensivo, está diretamente relacionado ao aumento de problemas crônicos de saúde, incluindo aqueles que afetam a coluna vertebral. 

A falta de exercícios regulares não apenas compromete a saúde muscular e articular, mas também afeta de forma direta a estrutura óssea e os tecidos moles da coluna.

​Como o sedentarismo afeta a coluna

​Quando o corpo permanece por muito tempo inativo, ocorrem alterações importantes que comprometem a saúde da coluna:

Enfraquecimento muscular

A musculatura que sustenta a coluna (core, abdômen e paravertebrais) perde força e tônus. Esses músculos são essenciais para manter a estabilidade da coluna e proteger os discos intervertebrais. 

Com o enfraquecimento, o peso do corpo e a sobrecarga de movimentos são transferidos para a coluna óssea, o que pode levar a um desgaste prematuro.

Redução da flexibilidade

A rigidez articular aumenta, dificultando a mobilidade. Os movimentos naturais de flexão, extensão e rotação da coluna se tornam limitados, o que não só favorece dores, mas também diminui a capacidade do corpo de absorver impactos. 

A falta de movimento regular impede que os músculos e ligamentos se alonguem e se mantenham flexíveis, gerando um ciclo vicioso de encurtamento e tensão.

Desalinhamentos posturais

Sentar de maneira incorreta por longos períodos — com a coluna curvada, os ombros caídos ou a cabeça projetada para a frente — favorece desvios posturais. 

Esses desvios podem ser crônicos, como a hipercifose (corcunda) ou a hiperlordose (acentuação da curva lombar), que alteram a biomecânica da coluna e aumentam a pressão sobre pontos específicos.

​Além disso tudo, a falta de movimentação regular afeta a circulação sanguínea, reduzindo a nutrição dos discos intervertebrais. Esses discos, que funcionam como amortecedores entre as vértebras, dependem do movimento para se nutrir e se manter hidratados. 

Com a falta de estímulo, eles se tornam mais finos e menos resilientes, o que pode levar a problemas graves como as hérnias de disco.

​Principais consequências do sedentarismo na coluna

​Os impactos mais comuns e preocupantes do sedentarismo na coluna incluem:

Dores crônicas: A dor lombar crônica é uma das queixas mais frequentes em pessoas sedentárias. O enfraquecimento muscular e a sobrecarga dos discos e articulações resultam em dor constante e debilitante, que pode se estender para a região cervical e ombros.

Doenças degenerativas: A inatividade acelera processos de desgaste. Problemas como a artrose, que é a degeneração da cartilagem nas articulações da coluna, e a degeneração dos discos intervertebrais são mais comuns e tendem a se manifestar mais cedo em pessoas sedentárias.

Aumento do risco de hérnia de disco: A fragilidade muscular e a compressão excessiva sobre os discos intervertebrais aumentam a probabilidade de um disco se romper e causar uma hérnia, que pode comprimir nervos e gerar dor intensa, formigamento e fraqueza nos membros.

​É fundamental entender que esses problemas não surgem de forma imediata. Eles se acumulam ao longo do tempo, em um processo silencioso e gradual, que pode comprometer significativamente a qualidade de vida.

​Fatores de risco associados

​Algumas condições potencializam os efeitos negativos do sedentarismo na coluna:

Obesidade: O excesso de peso aumenta a sobrecarga sobre a coluna, especialmente na região lombar. A pressão adicional pode levar ao desgaste acelerado das articulações e discos.

Idade: Pessoas acima dos 50 anos já apresentam um risco maior de degeneração natural da coluna. O sedentarismo acelera esse processo, tornando-o mais intenso e sintomático.

Trabalho prolongado sentado: Profissões que exigem horas diante do computador ou em postos fixos são um grande fator de risco, pois favorecem a má postura e a inatividade.

Tabagismo: O hábito de fumar é associado à má circulação sanguínea, o que prejudica a nutrição dos discos intervertebrais, tornando-os mais vulneráveis a lesões.

​Como prevenir os danos do sedentarismo

​A prevenção é a melhor estratégia para proteger a saúde da coluna. Pequenas mudanças de hábitos podem fazer uma grande diferença a longo prazo:

Praticar exercícios regularmente: Atividades como caminhada, natação, pilates, ioga e musculação são excelentes. Elas ajudam a fortalecer a musculatura do tronco, melhorar a flexibilidade e a postura, e nutrir os discos intervertebrais através do movimento.

Fazer pausas durante o trabalho: Para cada 50 minutos sentado, levante-se, caminhe, e faça alongamentos leves por 5 a 10 minutos. Isso ajuda a reduzir a sobrecarga e a rigidez.

Alongamentos diários: Dedicar alguns minutos por dia para alongar a coluna, o pescoço e os ombros é essencial para manter a flexibilidade e o bom funcionamento das articulações.

Cuidar da postura: Use cadeiras ergonômicas, ajuste a altura da tela do computador para que ela fique na linha dos olhos e mantenha os pés apoiados no chão.

Utilizar acessórios ergonômicos: Almofadas lombares, suportes para notebook e apoios de pés podem ajudar a manter a coluna na posição correta e aliviar a pressão.

​Tratamentos recomendados

​Quando os sintomas já estão presentes, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico e plano de tratamento adequados. Entre as abordagens mais utilizadas estão:

Fisioterapia: É um pilar fundamental no tratamento de problemas de coluna. O fisioterapeuta pode ajudar a fortalecer a musculatura, corrigir desequilíbrios e restaurar a mobilidade.

Exercícios terapêuticos: Adaptados à condição específica do paciente, esses exercícios ajudam a restaurar a função e a reduzir a dor.

Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser indicados para o alívio de dores intensas, sempre sob prescrição médica.

Acupuntura e massagem: Podem ser terapias complementares úteis para o alívio da dor e da tensão muscular.

​Como o Dr. Fabio Vieira ajuda a combater os efeitos do sedentarismo na coluna vertebral

​O sedentarismo vai muito além do ganho de peso e afeta diretamente a saúde da coluna vertebral, comprometendo a mobilidade, postura e qualidade de vida.

 Para reduzir esses riscos, é essencial adotar hábitos saudáveis, como exercícios regulares e cuidados ergonômicos no dia a dia. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença a longo prazo, prevenindo dores e evitando problemas degenerativos.

O Dr. Fabio Vieira atua de forma especializada no diagnóstico e no tratamento das alterações da coluna vertebral, oferecendo orientações personalizadas para cada paciente. Seu trabalho é voltado à promoção da saúde da coluna, com estratégias para manter estabilidade, força e flexibilidade conforme cada caso.

Lembre-se: a coluna é a estrutura que sustenta seu corpo e merece atenção contínua.

Agende sua avaliação com o Dr. Fabio Vieira.

Dr. Fabio Vieira

Médico e Cirurgião Ortopedista Especialista em Coluna

CRM 150455 | RQE 94929

Publicado por: drfabiovieira

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Dr. Fabio Vieira

CRM: 150455
Dr. Fábio Vieira é ortopedista, especialista em Coluna e Cirurgia de Coluna, tratamento de deformidades e técnicas minimamente invasivas.
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